Sintegração
Um relatório breve sobre as discussões que aconteceram na aula do dia 09/12/2021
Rodada 1 - Ouvinte
Tema: Discutir a diferença entre virtual e digital na arte e na arquitetura
Segundo o texto, assume-se que digital é uma tecnologia distinta da analógica, baseada em inputs de 0 a 1, que pode oferecer uma gama quase infinita de combinações para interação. No entanto, o fato de oferecer possibilidades técnicas para a interação não significa ser virtual. Foi falado que o digital poderia ser a ferramenta de trabalho do arquiteto, visto que o desenho e a prática do projeto migrou para os softwares digitais.
Rodada 2 - Debatedora
Tema: Problematizar as possibilidades na cidade tanto no modelo convencional de arquitetura, pautado por produção-consumo, quanto no modelo alternativo, no qual o ocupante tem papel principal na configuração do espaço que habita (conforme proposto por Haque)
Nessa rodada foi discutido sobre como a arquitetura está voltada para uma lógica capitalista, atendendo às demandas do mercado em uma lógica produção-consumo e como poderíamos mudar essa lógica para o modelo alternativo. Contudo, esse modelo alternativo também possui alguns desafios uma vez que é preciso repensar a forma de construção. Além disso, foram pontuadas formas como reagimos ao espaço que habitamos, focando na cidade e em como a modificamos de forma ativa.
Rodada 3 - Crítica
Tema: Discutir as possibilidades do programático, do acaso e a abertura para a interação dialógica
O início da discussão se pautou em focar na "possibilidade", mantendo uma visão programática em que utilizando-se do acaso é possível ter novas visões, permitindo a liberdade. Foi discutido sobre modelos pré-definidos de arquitetura, esta que prioriza a lógica mercadológica e costuma ser "engessada". Esse direcionamento é quase inconsciente, sendo automático de tantas vezes já replicado e nesse sentido foi discutido até que ponto a produção arquitetônica é manipulada por conhecimentos prévios (o que "dá certo").
É preciso, portanto, uma construção dialógica da arquitetura: ouvir as demandas do cliente ao invés de assumir o que ele realmente precisa. Foi suscitado o debate sobre os conjuntos habitacionais, em que não é vista a individualidade do sujeito no momento da construção, o que acaba por sistematizar e padronizar a arquitetura daquele local.
Rodada 4 - Debatedora
Tema: Discutir como passar da experimentação estética com a abstração na tela bidimensional para o não-objeto no espaço tridimensional e, mais além, na direção da interatividade-interativa
Nesse momento foi discutido sobre o conceito do não-objeto, seguindo a lógica de que "o não-objeto não é um antiobjeto, mas um objeto especial em que se pretende realizar a síntese de experiências sensoriais e mentais". Nesse sentido, para se validar a experiência do não objeto seria preciso que o sujeito o percebesse por meio dos sentidos, além de ter uma experiência interativa com este. Uma experimentação estética foi entendida como uma experiência contemplativa (como acontece com a apreciação de uma pintura): o ser humano é um agente passivo em relação àquele objeto, não realizando uma interatividade-interativa com ele.
Comentários
Postar um comentário